segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O uso de telefones celulares durante o voo é liberado para empresas aéreas europeias


A EASA (Agência Europeia de Segurança da Aviação) deu luz verde para que as companhias aéreas europeias permitam o uso de telefones celulares, tablets e outros dispositivos wi-fi ou bluetooth durante o voo (sobre o território da União Europeia ou no espaço aéreo internacional).
A restrição do uso de dispositivos emissores de campos eletromagnéticos era explicada pela possibilidade de que tais equipamentos pudessem interferir no funcionamento das aeronaves, conforme casos relatados na década de 1980/90. Nos anos 2000 os casos praticamente deixaram de existir na medida em que as novas aeronaves foram projetadas e testadas levando-se em consideração a possibilidade de interferências.
Caberá à tripulação identificar dispositivos que possam representar algum tipo de ameaça à segurança do voo e eventuais interferências.
A autorização dada pela EASA não implica necessariamente na permissão compulsória para o uso dos aparelhos, pois cada empresa pode utilizar a regra de sua escolha, permitindo ou não o uso em voo.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

EMField realiza estudo de indução eletromagnética / alto falante iônico em grua utilizada na construção civil.

A EMField realizou recentemente um estudo para a solução de um problema de compatibilidade eletromagnética envolvendo uma estação de rádio em ondas médias e uma grua empregada em um canteiro de obras. A proximidade entre a antena da estação de rádio e a estrutura metálica da grua resultam na indução de fortes correntes elétricas na última, o que pode causar acidentes como choques elétricos, queimaduras e incêndio. Este tipo de indução gera, por vezes, um fenômeno conhecido como "Alto Falante Iônico", quando o canal do arco elétrico modula as moléculas de ar no seu entorno possibilitando que seja ouvido o áudio da estação de rádio. A solução do problema aumenta o já grande know-how da EMField na área de compatibilidade eletromagnética.
No vídeo abaixo pode ser ouvido o áudio da estação de rádio modulado pelo arco elétrico.


Abaixo podem ser vistas imagens que ilustram o problema. 

 A imagem superior apresenta o centelhamento no gancho da grua e a imagem inferior apresenta um diagrama simplificado do problema (corrente I e o detalhe do arco elétrico que gera o fenômeno do "alto falante iônico"

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

O perigo das armas de pulso eletromagnético

Agências de segurança do mundo todo, especialmente de países altamente industrializados estão mobilizadas na investigação de possíveis desenvolvedores de armamentos de pulso eletromagnético.
Armas deste tipo, facilmente construídas, podem levar ao colapso grandes instalações estratégicas de uma nação ou mesmo a rotina diária das pessoas comuns. Os efeitos de uma arma de pulso eletromagnético podem ser: a queima de equipamentos sensíveis e que controlam processos complexos, falhas em redes de telecomunicações, perda de grandes massas de dados dentre outros.
Em maio de 2012 a Coreia do Norte realizou um experimento com uma arma eletromagnética que levou a falhas em sistemas de GPS de mais de 500 aeronaves que voavam na Coreia do Sul o que ilustra o poder das armas eletromagnéticas.
Um artigo de William A. Radasky postado em 25 de agosto na página da internet da revista Spectrum do IEEE ilustra perfeitamente os efeitos das armas de pulso eletromagnético, a facilidade de obtenção das mesmas e os baixos riscos envolvidos em ações terroristas.
Instalações especialmente sensíveis são: centros de processamento e armazenamento de dados; centros de controle, supervisão e comando; fábricas; usinas de geração de energia e subestações de alta tensão; estações de telecomunicações.
A EMField está neste momento se especializando em técnicas de proteção contra pulsos eletromagnéticos com o objetivo de poder prestar apoio a seus clientes.

 Recomendamos a leitura do artigo abaixo para quem queira se aprofundar no assunto:
http://spectrum.ieee.org/aerospace/military/electromagnetic-warfare-is-here

A foto postada nesta notícia ilustra uma arma eletromagnética de pequeno porte. A imagem é de Dan Saelinger; Prop Stylist: Birte Von Kampen.


Proteção Contra Armas de Pulso Eletromagnético - Nosso modo de vida em risco

É cada vez maior a preocupação dos governos e do setor privado de países desenvolvidos tecnologicamente com a possibilidade de ataques terroristas baseados em armas que utilizam o fenômeno conhecido como EMP. A energia eletromagnética gerada pela explosão de uma bomba EMP pode queimar a maioria dos equipamentos elétricos e eletrônicos em uso atualmente.
EMP é a abreviação do inglês para “pulso eletromagnético”, um tipo de interferência eletromagnética intencional, de grande intensidade e que pode danificar redes elétricas, instalações de telecomunicações, equipamentos industriais e médicos, além de centros de armazenamento de dados. A explosão coordenada de bombas do tipo EMP em uma nação altamente industrializada e informatizada pode gerar catástrofes de grandes dimensões.
Normalmente as explosões EMP são divididas em dois tipos, sendo a primeira originária de detonações de explosivos nucleares e a segunda originária de fontes intencionais não nucleares (também chamadas de NNEMP). Para fins didáticos utilizamos neste texto apenas o termo original “EMP”. Bombas do tipo EMP não nucleares também são conhecidas como “e-bomb”.
Atualmente o Congresso Americano discute maneiras de proteger as instalações críticas do setor elétrico do país contra armas EMP. Na América e na Europa, grandes empresas e órgãos técnicos discutem maneiras de proteger linhas de produção industrial e grandes centros de dados contra este tipo de ameaça. A proteção de uma instalação contra uma arma EMP é extremamente cara, normalmente feita através de blindagem e instalação de filtros de grande capacidade.
Uma explosão EMP pode gerar campos elétricos com intensidades de 10.000 V/m a 50.000 V/m, enquanto a maioria dos equipamentos eletrônicos que controlam praticamente tudo em uma sociedade industrializada são testados para campos de alta frequência de apenas 10 V/m. Outro fator que eleva o temor do uso de uma EMP é seu custo, uma pequena bomba do tipo EMP pode ser construída pelo equivalente a 200 dólares enquanto uma arma de grande poder de destruição pode ser construída por até 2000 dólares.
Especialistas no tema afirmam que o uso de uma arma deste tipo em um atentado terrorista é apenas uma questão de tempo. Armas EMP foram utilizadas com sucesso em situações reais de combate pelas forças armadas americanas na última invasão ao Iraque.
No Brasil não existem grandes discussões sobre o assunto. A EMField investe neste momento no estudo de técnicas necessárias para a proteção de instalações sensíveis (equipamentos, centros de processamento e armazenagem de dados, centros de controle e supervisão) contra armas de pulso eletromagnético, com o intuito de poder apoiar seus clientes.

EMField conclui estudo de grande complexidade em subestações

A EMField acaba de concluir um estudo de grande complexidade em 3 subestações classe 230 kV que apresentavam problemas de compatibilidade eletromagnética e centelhamentos espúrios (arcos elétricos de baixa intensidade) em sistemas auxiliares.
O trabalho consistiu na investigação do problema com a realização de inúmeras manobras nas subestações, a medição de tensões induzidas em circuitos sensíveis e a realização de simulações computacionais.
Como resultado foram propostas ao cliente diversas medidas para a melhoria das instalações visando a solução completa para os problemas observados.

A EMField é atualmente a principal empresa brasileira especializada na solução de problemas de compatibilidade eletromagnética em subestações de alta tensão, fábricas, usinas e plantas industriais.
Saiba mais sobre a EMField em http://www.emfield.com.br/



Fulgurito, o fóssil de um raio

O fulgurito também conhecido como "pedra de raio" é um tipo de estrutura formada pela fusão da sílica presente na areia quando um raio atinge o solo. É uma espécie de tubo oco com a parte interna extremamente lisa e a parte externa rugosa. A fusão da sílica deve-se à grande quantidade de energia dispersada pela descarga atmosférica em seu caminho através da areia. Alguns exemplares possuem derivações semelhantes à propagação de uma descarga no ar. A cor varia em função dos minerais presentes na areia. A coleção de fulguritos da EMField possui três amostras trazidas do deserto do Saara no Niger, Mauritânia e Argélia. As imagens a seguir mostram os nossos exemplares.





Nasa iniciará um estudo para a investigação do impacto de tempestades solares na rede elétrica

   A Nasa (Agência Espacial Americana) dará início até o final deste ano de um estudo inédito que vai utilizar linhas de transmissão como grandes antenas para a medição eventos do clima espacial que podem ter efeitos devastadores sobre as redes de energia elétrica e consequentemente sobre a sociedade como um todo. O estudo liderado pelo cientista Antti Pulkkinen do Goddard Space Flight Center da Nasa e terá duração prevista de dois anos. Inicialmente serão utilizadas linhas de transmissão de energia em alta tensão operadas pela Dominion Virginia Power para a medição das chamadas correntes geomagneticamente induzidas (GICs) em tempo real o que irá melhorar sensivelmente a base de conhecimento sobre o assunto.
   As GICs podem surgir em aproximadamente 3 dias após a ocorrência de grandes explosões solares que  lançam ao espaço uma grande quantidade de massa coronal (partículas eletricamente carregadas). A interação entre as partículas solares e a magnetosfera terrestre podem resultar em flutuações do campo magnético do planeta e no surgimento de grandes correntes elétricas no solo. Tais correntes podem trafegar pelo sistema elétrico, desligando instalações e queimando equipamentos. Um exemplo de consequência deste tipo de evento foi observado no Canadá quando 6 milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica.  
   Outros sistemas potencialmente afetados são: telecomunicações, oleodutos, gasodutos e ferrovias.
Segundo o USGC (Serviço Geológico dos Estados Unidos) um grande apagão apenas no nordeste dos Estados Unidos poderia resultar em perdas financeiras de 10 bilhões de dólares sem falar em problemas na segurança pública e em serviços de emergência. O governo americano está extremamente sensibilizado com o problema e vem coordenando através da Federal Energy Regulatory Commission medidas de prevenção para o problema.
   O trabalho da Nasa contará com três magnetômetros comerciais, dois instalados sob uma linha de transmissão e o terceiro a 2 km de distância e que será utilizado como referência. Os dados dos magnetômetros serão coletados através de uma rede de telefonia celular.
Segundo Pulkkinen o sistema desenvolvido é de baixo custo para que possa ser replicado no futuro para outras instalações da rede elétrica nacional e para outros países.
 
Nota da EMField: o Brasil com suas redes elétricas de alcance continental e com uma grande anomalia magnética na parte sul do país deveria realizar estudos semelhantes e principalmente desenvolver planos de contingência quando da ameaça do desenvolvimento de grandes GICs em seu território.
A EMFIeld possui magnetômetros do tipo Fluxgate de alta precisão capazes de monitorar o campo magnético terrestre com altíssima precisão.

Fonte original da notícia em inglês:  clique aqui.

Iluminação de plantações de maconha medicinal causam interferência eletromagnética

A Liga Nacional de Radioamadores (ARRL) dos Estados Unidos protocolou uma reclamação formal junto à FCC (Comissão Federal de Comunicações) relatando problemas de interferência eletromagnética observados nas proximidades de plantações de maconha medicinal. O problema deve-se ao uso de um determinado modelo de reator eletrônico para a iluminação artificial deste tipo de cultivo (normamente o ambiente é fechado).
Os reatores eletrônicos causam interferência sobre sistemas de comunicação em frequências situadas entre 1,8 MHz e 30 MHz e em alguns locais é impossível o uso destas frequências tamanho o problema observado. Cada instalação de cultivo possui dezenas de reatores deste tipo e que permanecem ligados diariamente por até 12 horas.
A ARRL identificou através de ensaios que o reator em questão emite uma grande quantidade de ruído conduzido, cujo nível supera em muito os limites de compatibilidade eletromagnética estabelecidos na legislação americana, além de não possuir o selo de homologação obrigatório da FCC.
Frente a isto a ARRL pede intervenção imediata por parte da FCC para a retirada do produto do mercado até que a empresa responsável homologue o reator dentro dos níveis corretos de emissão eletromagnética e a obrigatoriedade de que a mesma substitua as unidades já em uso por unidades homologadas e de baixo ruído. O mesmo modelo de reator já é encontrado à venda no Brasil através da internet, sem nenhum tipo de homologação, o que em breve deve começar a gerar aborrecimento aos radioamadores brasileiros.

Problemas em medidores inteligentes de energia elétrica (smart meters)

A concessionária de energia canadense SaskPower substituirá aproximadamente 105.000 medidores inteligentes de energia elétrica (conhecidos como smart meters). A empresa iniciou a substituição dos medidores antigos por smart meters em 2013, porém os novos equipamentos começaram a apresentar problemas de queima com princípio de incêndio o que levou a opinião pública e os órgãos governamentais a pressionarem a empresa para que sejam tomadas providências.
A substituição foi anunciada pelo presidente da empresa em 05 de agosto e deve levar aproximadamente 9 meses a um custo aproximado de 43 milhões de dólares americanos.
Ensaios elétricos e de compatibilidade eletromagnética bem feitos são indispensáveis em novo um produto para que problemas similares não ocorram quando do seu uso.
(foto de Brad McNairn com uma unidade danificada)
A fonte original da notícia é o jornal canadense CBC News: clique aqui
O comunicado oficial da empresa pode ser acessado em : clique aqui

Turbinas eólicas geram interferência em radar de aeroporto britânico

Duas turbinas eólicas instaladas em dezembro de 2013 a uma altura de 130 m em relação ao solo em uma estação de tratamento de esgoto em Sponson, Derby, na Inglaterra tiveram que ser desligadas devido à interferência eletromagnética que as mesmas causam no radar do aeroporto East Midlands.
As turbinas causam um efeito conhecido como "clutter effect" , que distorce seções da imagem do radar devido à reflexão do sinal do radar nas grandes pás dos aerogeradores. A usina geradora de energia está situada a 10 km do radar do aeroporto.
Devido a questões de segurança nas operações do aeroporto, extremamente movimentado no verão do hemisfério norte, as turbinas ficarão paradas até que medidas de correção do problema sejam implantadas, o que deve ocorrer no final de 2014.
Notícia: EMField Engineering do Brasil / Eng. Ricardo Luiz Araújo - www.emfield.com.br

Interferência eletromagnética em sensores de fumaça obriga recall

Um grande fabricante de equipamentos de proteção contra incêndio está sendo obrigado a realizar um grande recall de dois de seus modelos de detectores de fumaça devido a problema de interferência eletromagnética. Os dois modelos deixam de funcionar quando submetidos a campos eletromagnéticos de alta frequência o que é inconcebível em um sistema de proteção.
Os modelos sujeitos a recall possuem os seguintes números: 13000 unidades instaladas no Canadá e 141000 nos Estados Unidos. A divulgação do recall foi realizada em conjunto pela agência federal canadense Healthy Canadians e pela agência federal americana United States Consumer Product Safety Commission.
Nota da EMField: Os ensaios de compatibilidade eletromagnética nas fases de desenvolvimento e homologação de produtos servem especialmente para que a segurança do usuário final seja resguardada e para que a qualidade de um produto seja comprovada em sua operação. Diversas empresas, especialmente brasileiras não reconhecem a necessidade da realização dos ensaios de compatibilidade eletromagnética quando não obrigadas legalmente a seguirem as normas pertinentes. Casos como o exposto servem como lembrança de que a não realização de ensaios adequados podem representar perdas financeiras gigantescas ou mesmo o fim de uma empresa.
Link original da notícia: http://healthycanadians.gc.ca/recall-alert-rappel-avis/hc-sc/2014/41065r-eng.php

Interferência Eletromagnética no Espaço Sobre o Brasil - A Anomalia Magnética do Atlântico Sul

Na região sul do Brasil, com o centro situado entre o litoral e o mar existe uma grande anomalia no campo magnético do planeta.
A visão que temos sobre o campo magnético terrestre ( e que normalmente aprendemos na escola) é que existem dois polos magnéticos bem definidos no planeta, o norte e o sul. Neste caso as linhas de campo resultam em um modelo bem comportado e simétrico das linhas de campo no entorno do planeta.
A realidade porém, é muito diferente do modelo ideal que conhecemos. A Terra possui diversas regiões com anomalias em que o campo é maior ou menor que o esperado, o que distorce as linhas de campo que circundam o planeta. A maior anomalia de todas é conhecida como Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS) – na literatura técnica a anomalia é conhecida pela sigla SAA (vem do inglês: South Atlantic Anomaly). Na região da AMAS o campo magnético é muito inferior ao esperado.
O campo magnético terrestre mantém afastadas do planeta as partículas eletricamente carregadas que viajam pelo espaço. Caso tais partículas e radiações de origem cósmica penetrassem a atmosfera a Terra seria um planeta estéril e sem vida. As partículas barradas pelo campo magnético terrestre circulam o espaço ao redor do planeta no que é conhecido com Cinturão de Van Allen e que normalmente possui uma altitude de 1000 km a 5000 km.
Devido ao baixo campo magnético na região da AMAS o cinturão de Van Allen fica muito mais próximo à superfície do planeta. Desta maneira, satélites, telescópios e a Estação Espacial Internacional - ISS sofrem problemas de interferência eletromagnética quando sobrevoam a região sul do Brasil. Isto ocorre devido ao cruzamento com as partículas carregadas do cinturão do Van Allen, baixo nesta região.
Os problemas relatados são: queima de componentes eletrônicos, dificuldade de comunicação, operação errática e outros. Até mesmo os astronautas são afetados quando atravessam a região. Alguns deles relatam manchas na visão, o que é ocasionado pela interação entre compostos químicos presentes nos olhos e as partículas carregadas. O problema ocorre apesar da blindagem eletromagnética que recobre a Estação Espacial Internacional .
Alguns satélites e o telescópio espacial Hubble desligam preventivamente diversos dos seus sistemas quanto atravessam a região. A AMAS é objeto de diversos estudos, especula-se que a mesma está em permanente deslocamento ou mesmo ampliação. Espera-se que a ciência consiga verificar se as especulações possuem fundamento.
texto: EMField Engineering do Brasil/Eng. Ricardo Luiz Araújo
, site: www.emfield.com.br 

Campo magnético terrestre, a região em azul claro (campo magnético baixo) é a anomalia magnética do atlântico sul - AMAS (SAA), a imagem é da Nasa